terça-feira, janeiro 31, 2006

Luz, câmera...





Estes são alguns dos cenários que eu fiz pra uma agência de publicidade de São Paulo. Estão nesse formato para permitir travelling na hora de animar. Travelling é aquele movimento de câmera no qual a dita cuja "passeia" pelo cenário, sabe? Não??? É só mandar um e-mail para o Sérgio Codespoti do Universo HQ que ele tem uma definição muito melhor (se ele souber que eu não consegui explicar isso decentemente ele me mata!).

Pessoalmente gosto muito de desenhar nesse formato bem mais horizontal. Parece tela widescreen de cinema!!! Acho que o sonho de quase todo quadrinhista é fazer cinema. São mídias muito parecidas. A diferença é que você tem controle total e absoluto sobre os atores, locações, condições climáticas, é extremamente mais barato e o retorno financeiro... bom, o retorno financeiro... Ah, vamos mudar de assunto. Fiquei deprimido...

segunda-feira, janeiro 30, 2006

Página de Teste


Quando a gente tá começando a trabalhar não tem muita noção de nada. Não sabe quando tempo demora pra terminar um determinado trabalho, não tem a mínima idéia de como ele vai ficar, ou seja, não conhece os próprios limites. Nada mais natural do que testá-los então.´

Há alguns anos eu queria saber se era capaz de pintar uma página do jeito mais comercialzão possível. Pop mesmo. Mercado Municipal Americano, sabe? Peguei então uma página do Roger, cujo desenho é bem pop (o bom pop, claro) e comecei a brincar em cima. Não me lembro quanto tempo demorei pra terminar, sei que foram algumas várias horas. Queria deixar tudo modelado, bem "punhetado".

A página é de uma revista da Image, 10th Muse. Não conheço a personagem e nem as cores do seu uniforme. Realmente não me interessava.

Ainda gosto do resultado final. Claro que hoje em dia não faria algumas coisas e resolveria outras de uma maneira diferente, mas no geral tá ok.

sábado, janeiro 28, 2006

Sem compromisso



Todo desenhista que se preze teve os cadernos escolares preenchidos por rabiscos e quando sobrava algum espaço talvez alguns garranchos sobre as matérias do dia. É um hábito que a gente alimenta desde a infância e só tende a crescer, algumas vezes virando até profissão.

O esboço acima é um desses dias em que a gente tá de bobeira. Sabe quando o bate-papo esfria, você pega uma folha e começa a rabiscar? Não ficou nada genial, nem era pra ser. Diversão pura. Como na infância eu não tinha muito papel pra desenhar, adquiri a mania de aproveitar cada centímetro disponível da folha, por isso a zona.

As cores foram feitas no Photoshop brincando com pincéis diferentes.

Os esboços da Megaliga eu vou ficar devendo (desculpe, Bruno). Devem estar em algum lugar aqui em casa, só preciso descobrir aonde!

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Onde estava a minha cabeça?







Há muitos anos, numa época mais inocente, Artur Fujita realmente pensou em fazer quadrinhos sérios. Não se sabe se foi o tempo que passou ou alguém simplesmente lhe deu uma bordoada na cabeça pra botar juízo nela, mas ele agradece de todo o coração! Sinceramente!!!

Na época em que eu ainda era aluno do Cariello (lá se vão vários anos), resolvi participar de um fanzine com a minha turma de quadrinhos. Essas três páginas foram feitas com esse propósito. Chegamos a imprimir alguns exemplares se não me engano. Se alguém achar um desses fanzines por aí, por favor queime o mais rápido possível.

Para o bem da saúde mental de todos (principalmente a minha), tirei o texto dos balões e recordatórios. Tenho certeza de que o mundo me agradece por isso. Se por acaso vocês tiverem curiosidade em saber até que nível chegava a pretensão e tosquice dessa história, basta olhar a última página na parte inferior à direita. Sério, nenhuma história que termina com um "continua" feito daquele jeito merece ver a luz do dia!!!

sexta-feira, janeiro 20, 2006

What´s opera, doc?



Essa foi uma ilustraçãozinha que eu fiz pra me divertir um pouco, numa época em que eu tava tentando mexer com pincel pra arte-finalizar. Ficou uma arte-final mista. Parte pincel, parte caneta descartável. Na época eu queria fazer com o pincel bem preciso, estilo Marcelo Campos (sem as hachuras do Superman, lógico). Perdi a paciência e mudei pra caneta.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Saci


Um dia o pessoal da Quanta me manda um e-mail perguntando se eu tava a fim de fazer uma ilustração pra uma exposição sobre o Saci-Pererê pra algum lugar que tinha alguma coisa com estação de Metrô (ou trem). Como eu tava cheio de coisa pra fazer recusei educadamente, mas ao ver todo mundo fazendo, fiquei com vontade e resolvi fazer também (hmm... pensando nisso agora eu percebo que continuo embalão). A idéia surge e ao esboçar, a idéia aumenta e quando eu dou conta a ilustração virou um página de HQ! Na verdade é uma tirinha com um quadro grande no começo. Tentei umas coisas diferentes do que eu costumo fazer. Não deu muito certo, mas é legal ter a liberdade de experimentar sem o compromisso de ficar bom. A finalização dos personagens foi com caneta descartável, a do cenário foi direto no Photoshop.

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Kid Turbo




Atendendo a pedidos (na verdade ao pedido do Roger, mas como pouca gente visita o meu blog ele já corresponde a uma grande porcentagem da visitação deste) coloco agora uma página do Kid Turbo, um personagem que eu criei para o fanzine da Quanta. Gosto de esboçar tudo com grafite azul e depois fazer a arte-final por cima com canetas descartáveis e marcadores de CD, além da ajuda de uma curva francesa e régua. Se eu quiser ficar com um original limpo, é só jogar uma folha por cima e passar na mesa de luz na hora de finalizar. Posso simplesmente virar a folha e arte-finalizar nas costas da folha onde eu fiz o esboço. O legal dessa técnica é que você acaba consertando algumas coisas que você consegue enxergar melhor quando inverte o desenho. Pra isso é interessante ter uma mesa-de-luz bacana, já que você vai passar um bom tempo em cima dela. Janela-de-luz e televisão-de-luz não costumam ser muito confortáveis, embora existam muitas gambiarras-de-luz que funcionam bem.

terça-feira, janeiro 17, 2006

Lucifer in the sky without diamonds



Estou produzindo juntamente com meu amigo Sam Hart uma minissérie de quadrinhos para o mercado inglês. Estou começando a colorir a segunda edição com a ajuda dos amigos Juliano Magalhães e Marcelo Salomão. O Universo HQ até deu uma nota sobre isso! Se quiser ler é só clicar aqui.

Do arco da velha



Essa ilustração já é bem velhinha. Do tempo que eu tinha aula com o Cariello no que ainda era a Fábrica de Quadrinhos e hoje é a Quanta Academia de Artes. O exercício era fazer uma capa de CD. Escolhi pra esse exercício o primeiro disco do Radiohead, Pablo Honey. A banda ficou conhecida pela grande massa aqui no Brasil por causa de um comercial sobre portadores da síndrome de Down. Era um comercial com meninos andando num carrossel e um deles era portador dessa doença. O nome dele era Carlinhos e muito tempo depois eu soube que esse comercial acabou batizando um dos personagens mais importantes do Mundo Canibal (série de animações em flash para Internet).

A ilustração acima é uma das minhas poucas experiências em ecoline. O nome do disco e o logo da banda foram pintados na munheca e a relação das músicas aplicadas no computador.

sexta-feira, janeiro 13, 2006


Esta ilustração foi feita pra Keiko. O ET moicano é o Orbit, personagem do fanzine e website Orbital, que sempre traz notícias e dicas de como entrar e produzir de maneira profissional para o mercado de quadrinhos. A revista que o Orbit está vendendo na ilustração inclusive é o Orbital, que pode ser adquirido pelo correio. Entra no site e tenta se informar, ok?

Inseri algumas "mensagens subliminares" na ilustração. Podemos ver o símbolo da Quanta no boné do menino (nossa, que original), na vitrine estão expostos alguns projetos de quadrinhos que eu estou produzindo com alguns amigos e na placa do carro está o meu nome, a data de produção do desenho e a cidade e o estado em que nasci. Tentei pensar em alguma coisa pra colocar na placa dourada atrás da cabeça do cara, mas não consegui imaginar nada que valesse realmente a pena.

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Medalha, medalha, medalha!!!





Pra contrabalancear um pouco a série "Desenhos que a gente faz pra se divertir", coloco agora a série "Nóis ganha pôco e num si diverti". Apesar de achar que os nomes das duas séries são auto-explicativos vale a pena explicar este:

Como todos devem saber diversão não enche barriga (exceção feita à maioria dos casos de gravidez), então na maior parte do tempo nós temos que fazer trabalhos que não dão tanta satisfação pessoal quanto os projetos pessoais, mas pagam as contas do mês. Como a grana por esses trabalhos não é tanta, a gente tem que fazer vários desses! E os prazos são sempre curtíssimos. Correria garantida! No caso desses dois layouts coloridos a correria foi grande também por conta dos outros trabalhos em paralelo.

O desenho ainda deixa a desejar mas a cor salva um pouco o resultado final. Composição passou longe nessas ilustrações. Antes que alguém diga alguma coisa, sim, usei textura em tudo e principalmente bastante "lens flare". Eles adoram "lens flare"!!! Ah, odeio desenhar bicicletas!

P.S: Participação especial do meu sapato em close no primeiro layout.

terça-feira, janeiro 10, 2006

Vapor D



Mais uma ilustração da série "Desenhos que a gente faz pra se divertir". Os personagens são parte de um universo criado pelo grande amigo Paulo Pina. Ele dá aula de Flash na Quanta.

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Se não pode vencê-los...



Sabe quando a gente tá no intervalo da escola e aí o cara mais popular da classe solta uma gíria nova super legal? No dia seguinte a gente espera o dia todo pela oportunidade de dizer a mesma gíria e com isso ser tão "cool" quanto ele? Mas quando isso acontece ao invés da glória instantânea que você tanto esperou, chega um "amiguinho", aponta pra você, ri e grita pra toda a sala: Ah, embalo! Embalão!!!

Acho que hoje em dia não usam mais a expressão "embalo" pra dizer que você "foi no embalo de outro", ou seja, copiou uma outra pessoa tentando ser legal.

Se vocês entendem do que eu estou falando, terão uma boa noção do que estou sentindo nesse exato momento ao aderir a essa onda que vem atingindo à muitos amigos meus: O Blog!

Não vou falar sobre os incríveis acontecimentos que permeiam minha vida, para isso já inventaram calmantes e soníferos. O que eu quero realmente é postar trabalhos, esboços, coisas que eu faço e ficam empilhadas em cima da minha prancheta ou na pasta do computador. Acho que vai ser bacana.

Nessa primeira postagem eu publiquei meu cartão de Natal do ano passado. Pode não parecer muito natalino (e na verdade não é), mas tem toda uma explicação pra isso. Bom, pra ser realmente sincero a explicação eu inventei depois do desenho. Eu tava mesmo era com vontade de desenhar o Papai Noel jogando pôquer com o Coelho da Páscoa e com o Cabeça-de-Abóbora! A gente precisa se divertir de vez em quando, oras!!!

Ano Novo - Blog Novo - Desenho Antigo



O desenho nem é tão antigo assim mas formava um título legal. Títulos legais são difíceis de achar!!!

A ilustração acima foi feita pra um amigo meu, Thiago Cruz, pra edição de aniversário do fanzine dele: Ossos Tortos. É um dos filósofos pensantes dele, Stenio Matoso. Fiz alguns esboços aqui em casa mas a cara dele só foi aparecer realmente numa madrugada, num guardanapo de papel de um desses bares da Vila Madalena. Acho que toda aquela gente descolada me inspirou. Ou talvez tenha sido somente a cerveja mesmo...

A arte-final foi feita rapidamente com uma dessas canetas pra escrever em CDs da Faber-Castell. Vi o Jefferson Costa usar uma vez e curti. As cores foram feitas no Photoshop.